sábado, 16 de outubro de 2010

Ex-Beatle

Vou no Show do Paul!

E estou feliz por isso!  

:)

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Urbe

Depois do trabalho, atônito, estarrecedor e repetitivo, se colocou no banco de esperar o ônibus e esperou um que seguisse um destino que se encaixasse com sua vontade de ir embora, pra um lugar que julgaria ser o melhor praquela noite tão triste.
As seis da tarde a cidade já estava escura o suficiente pra ninguém reconhecer a sua cara, mas temia que a lágrima brilhasse e refletisse a luz amarelada que vinha do poste. Se colocou  a lacrimejar de maneira tímida, como era seu feitio em todos os contatos, do vento, do sol, da chuva e da lágrima, todo seu sentimento era contido numa grande timidez.
Quando o ônibus que pensou que a levaria pra um lugar em que sua timidez extravasaria, acenou e entrou. Com um aceno também fez se entender ao cobrador que não era um dia pra conversas, já tinha sido tudo tão difícil que agora nada mais restava se não encostar a cabeça no vidro do ônibus e se por a pensar. As lagrimas podiam agora escorrer com mais facilidade, ninguém ali pararia pra perguntar o que havia acontecido, afinal não era nenhum desespero, eram lágrimas, assim como gritos raivosos de quem foi assaltado, o riso incontido de um beijo amoroso, era um choro incontrável.
A noite fazia questão de cair mais e mais na escuridão e de repente o choro acabou. Sentia uma leveza incontrolável como se tivesse chegado ao seu destino, viu o irmão, os amigos, o inimigo de maneira diferente, sentiu uma alegria no coração por se sentir apaixonada de novo, sentiu-se alegre pelas coisas estarem dando certo de uma maneira que não havia há tempos.
Sentiu algo no seu rosto que não era mais lágrimas, era água.
Acordou pra fechar a janela: havia começado a chover.