sexta-feira, 23 de novembro de 2012

O dia que tive nojo

A sensação de asco e de não poder fazer nada é uma constante. Ainda mais quando essa sensação é provocada por algo que não temos como mudar, e o que resta é gritar e gritar e gritar.

Além do nojo que senti em momentos em que acreditava nunca ter que passar, me submeter à uma série de atitudes que jamais achei que se concretizariam, por mais que esperasse em determinado momento por elas.

O dia em que me senti impotente, vendo na TV a mesma situação, mas com resultados diferentes, chorei com a possibilidade de poder ter feito diferente e não ter visto antes.

Agora que já foi, que o tempo não volta e não podemos mais fazer nada, me arrependo em não ter sido mais contundente.

Tem muita coisa ainda a ser dita.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sangue e morro

O que desce o morro
De cor viva e brilhante
Não é comum nem normal
Aceitar não é uma condição.

Quando dizemos que vamos lutar
Não é para que alguém lute
Ou dirigirmos tais mudanças.

É para irmos pro morro
Fazer o líquido viscoso que desce
Não seja de quem não teme perder.

Organizar para que isso não ocorra
É tarefa árdua que faz poucas pessoas.

Subir o morro é cansativo
Nos faz pensar e refletir
Faz ver de que lado estamos
E resolve ser nossa razão em lutar.


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Viagem

Toda a emoção vem daquilo que podemos realizar e que há tempos temos mantido adormecido dentro de nós mesmos.
Por muito ou por pouco, deixei que o tempo passasse e que as oportunidades fossem deixadas de lado sem ao menos questionar se o estamos fazendo o que realmente deveria ser feito.

Enfim, aqui estamos.
Numa viagem, que de simples e importante, podemos nos divertir e enfim resolve o que há tanto tempo deveríamos ter feito.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

pra clarear o ceu


sinto falta de um cafuné.
de um carinho, um colo.
um beijo roubado diariamente.
mensagens, telefones, declarações de amor.
em público ou ao pé do ouvido.
sinto falta do cinema ou
do filme em casa, no frio, no sofá.
sinto falta das cobertas pequenas e da cama precisando ser grande.
sinto falta de ver o amor crescer e não caber no peito.
a falta do dia nascer sem ser mais um dia.
a noite ser o momento mais esperado, quando vou te ver.
os finais de semana como curtos demais para vivenciar o que se passou em poucos dias.
o tempo sendo o inimigo do nosso sono.
as nossas discussões de como o mundo poderia ser e não é.
as conversas, a lanchonete, a comida especial.
a data especial.
o lugar e o passeio, sempre o mesmo, mas sempre diferente.
o calor, a praia, o frio e a preguiça compartilhados.
sinto falta de parte do meu coração,
que adormecido, espera que um dia acorde,
e que não seja do mesmo jeito o despertar de mais um dia.