domingo, 26 de setembro de 2010

Tempos Estranhos

Como ter uma definição sobre o que acreditava divinamente, preferia não mais pensar na companhia que um dia tivera. Pensar no divino era a mesma coisa: não cabia explicar aos outros se acreditava em um ou mais deuses, ou se acreditava em algum. Não era legal falar que acreditva em algo que era além, mas não necessariamente divino.
Da mesma maneira não queria explicar aquela solidão. Não estava triste, (in)felizmente havia se acomodado com a possibilidade de não definir o que sente esses tempos. A tranquilidade de só estar bastava, e se enrolava toda ao explicar o porque dessa felicidade, talvez a pesar da felicidade, também de se ter uma companhia.
Mas ia levando. Chegava em casa, largava a bolsa, tirava os tênis, e como era de casa, entrava pela cozinha, ligava a TV, jantava, tomava banho e dormia.
Era assim todos os dias, e nisso nada havia mudado.
As vezes dorme fora, mas para descansar um pouco para o outro dia de expediente.
Não se lembra mais de um abraço carinhoso, de alguém se aproximar porque é legal ou inteligente. O que via nos últimos tempos era um interesse na sua beleza, no seu corpo. E agora não há uma pessoa se quer que lhe salve, vai ter que encarar tempos estranhos sozinha.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

infância-adolescência

Esses dias tenho pensado em como tenho a ver com a minha infância/adolescência.
Despois de um tempo de desânimo, recobrei as forças com o sucesso de uma atividade política na geografia, e isso me levou a pensar nos bons momentos de quando era menor, o que levou a pensar em como tem coisa presente no meu dia-a-dia com meus amigos.
Desde gestos de cuidado, palavras, conversas e conselhos, até minhas brincadeiras, e meu modo de falar.
Outro dia ensinei uam brincadeira que fazíamos ainda na escola: o poker das placas de carro! Esses dias, perguntei pro meu amigo se ele tava doente, ele disse que não, e aí perguntei de novo, por que tá fungando com o nariz? Sistematicamente como meu me pergunta quando meu nariz tá entupido por conta da poluição.
Outro dia, fui socorrer minha amiga que tava com alergia, insistindo para que ela fosse pro hospital, como quando eu morava sozinha e ligava desesperada pra minha mãe perguntando o que fazer quando me sentiu diferentemente mal.
Além das brincadeirinhas igualmente nada a ver: d'o jogo, as gírias e as frases sem noção alguma.

Isso me animou, me fez lembrar da época da escola que vivi intensamente e me mostrou o quanto tenho dos meus amigos em mim, e como pode vir e passar pessoas na minha vida que isso vai ficar comigo pra sempre.

domingo, 12 de setembro de 2010

devaneio?

Não se faz o futuro olhando pro passado.

Qualquer coisa naqueles tempos a fazia querer cada vez mais ficar sozinha. Pensar em recomeçar algo lhe passava inúmeras vezes pela cabeça, porém quando pensava demais naquilo lhe vinha um arrepio na espinha e seus pensamentos logo voltavam a trás, como se fosse necessário passar por este tempo, sentir saudades de estar acompanhada e recomeçar a dar atenção ao seu coração.

Aquele período havia sugado toda a energia que fazia seu coração suspirar e agora passava por um processo de reestabelecimento, como se voltasse de uma cirurgia de desentupimento da artéria. Está tentando então, com muito esforço, sair da UTI, já que a cirurgia não se completou com sucesso: dias apresenta melhoras consideráveis, dias uma queda inacreditável.

Impressionantemente algumas coisas lhe trazem um pouco mais de quietação: Beatles, Chocolates e um sono merecido - tudo isso trazido pela própria família; ninguém especial se preocupou até então em fazer um agrado, ou ao menos ligar pra saber se está tudo bem.

Parece que não quer acordar pra não ver o que o mundo a espera, parece que levantar daquela cama vai custar muito mais do que o que tem custado meses nessa cama incomunicável. Chego a pensar que quando acordar a vida vai ter passado e lamentará por perder este tempo dormindo; sonhando.

De certo que os sonhos sempre são melhores que a realidade, mas não será possível viver sem estar na horizontal?

Quando acordar, a primeira coisa que vou fazer é lhe dar um forte abraço e dizer que a amo.

domingo, 5 de setembro de 2010

Partido

É como se tudo me levasse a você. Como se você tivesse ido viajar e que uma hora vai voltar e eu estivesse esperando. Você curtir sua liberdade, seu tempo fora, e uma hora, quando você sentir que está perdendo, vai voltar. Parece tudo isso, e eu tento me convencer de tudo isso e superar essa despedida tão dolorosa que tem sido esses meses todos. É como se eu precisasse acordar todos os dias e me lembrar que você não vai voltar mais, que você foi pra nunca mais.
É que a gente não escolhe a hora de partir, simplesmente acontece de termos que nos ausentar pra sempre, só resta saber como curar o buraco que fica no peito, de tantas coisas, vividas, sonhadas e que nunca vão se concretizar. Com que eu tapo esse buraco no coração?
Contar da minha vida é contar do que tivemos, e qualquer coisa, o mínimo detalhe que seja, me faz lembrar você e tudo que acontece me dá vontade de te contar, sabendo que prestaria atenção em cada detalhe, por mais que toda a conversa fosse chata. E o contrário também era verdadeiro.
Sabendo que você foi pra nunca mais voltar, sei que não posso te esperar, nem contar com nada mais.

Fica só na lembrança a vontade de você não ter partido.

sábado, 4 de setembro de 2010

CTRL C + CTRL V

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boa noite.