domingo, 1 de janeiro de 2012

Ultima carta

Este ano acho que pararei com as cartas.
Elas não tem sido eficientes. Enquanto não tivermos um divã, não existe cartas que se colocarão neste lugar.

Eu não pensei nada nessa viagem, nem a meu respeito nem a respeito dos outros, e hoje chego na cidade com as ideias avivadas, simples e feliz.

Feliz porque as ideias vieram da necessidade de se prolongar o momento que passei durante a ultima semana, de leveza de condução da própria vida pelas ruas, avenidas, pelas praças, bosques, museus e pelo caminhar.

Gastei boa parte do meu tenis e hoje percebo que joga-lo fora é fruto de que algo serviu tanta caminhada.

Este ano começou justamente com o final da minha viagem, com o saculejar do vagão, o vento, o sol, as chuvas e as nuvens, as ideias se tornaram mais simples que eu poderia imaginar. E acho que elas chegam em um bom momento. Acredito que se viessem no meio da confusão das correspondencias, não surtiriam o mesmo efeito que tem hoje.

Acordei leve, uma leveza de conduzir a vida da maneira que me sentirei feliz.

E é assim que começo este ano. Leve, Com a leveza de viver sem esperar que um dia apareças pra mim. Sem me arrumar pra sair esperando que poderei encontrar com você por engano na rua, no bar, no cinema.

Vou me arrumar porque me sinto feliz. E é de maneira leve que vou viver a cada dia.

E se por acaso quiser me encontrar, sabe por onde procurar.