sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ainda não sei como fazer um balanço do tempo imediatamente passado e tão presente nos meus dias.
Parando pra pensar bem rapidamente, muitas coisas não fazem sentido no que faço. O trabalho que em nada tem a ver com geografia, meus contatos que não passam de contatos e um dia ou outro parecem mais entusiastas em conversar, sem relacionamentos sérios, sem ânimo para a luta política... Não sei bem avaliar o porque disso tudo, não sei se preciso de um tempo das coisas, do mundo, de férias pra pensar, organizar as ideias, desligar o celular, o note e sair andar, longe da cidade, longe de qualquer contato que me faça lembrar das minha obrigações e das minhas responsabilidades.
Me arrisquei a cortar o cabelo, mas não ficou bom. Me arrisco toda semana a parar de roer as unhas e pintá-las graciosamente, mas não consigo. Prometo todos dias ir trabalhar e vencer o desânimo, mas a única coisa que consigo é me cansar mais e só querer voltar pra casa e dormir.
As festas pararam de ter graça, os amigos parece que se enjoaram da mesmice temática das minhas conversas.
A única coisa que tem me feito sorrir é esperar meu orientador com alguma perspectiva de leitura, alguma reclamação e ideias para o meu trabalho final.
A única coisa que me anima está na periferia, no meio da riqueza material, está na riqueza da vivência.
O que me faz sorrir, acordar e ir pra mais um dia é saber que existe um pessoal que conta comigo, que precisa de uma pessoa para se sentir segura e continuar também na batalha.

Isso é um pouco de Paraisópolis.

sábado, 4 de junho de 2011

não chegue na hora marcada

Os amigos dizem que ela está precisando de uma pessoa e não de amor, ou do amor que ela tanto insiste em achar.
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Há meses não se envolve com ninguém e ainda se espanta com os momentos de afetividade das pessoas em pequenos instantes de pura explosão de qualquer coisa, que reluta muito em determinar ser amor.
Tem medo ainda de se aproximar de alguém e que aquilo não passará de um dia, uma semana ou mês. Espera sempre poder encontrar alguém pra ficar por um longo tempo. Estável. Sem brigas.
Mas ao mesmo tempo não se deixa encontrar a pessoa, e se for a pessoa errada?
Tem plena ideia de que muito já estiveram próximos e que foram espantados pela sua falta de tato em tratar bem ou ainda dar uma chance ao acaso.
A dureza tem sido seu escudo e ao mesmo tempo a meiguice e a sutileza na simpatia tem sido o atrativo.
Ela mesma não se entende e não consegue pensar em um jeito de acabar com tanta duplicidade.

E assim vai andando um dia por vez. Cada dia com a sensação diferente do rumo que a vida vai tomar.