domingo, 22 de maio de 2011

Boa noite

Anteriormente dizia que as cartas estavam certas e que nada mais poderia acontecer do que o que nelas estava descrito.
Acontece que agora as coisas entraram num outro patamar. Tudo fica mais difícil se você não se ajuda e não se ajudando as coisas não andam, não acontecem. A vida parece agora ser só o trabalho, as conversas obrigatórias para não perder o vínculo com qualquer humanidade, além de momentos de descontração que não levam e nem levariam a qualquer coisa que as cartas um dia pudessem balbuciar.
O retorno pra casa, mórbido, gélido, no meio da madrugada num carro escuro e frio, no banco de trás, as luzes de uma cidade que dorme enquanto seus olhos continuam brilhando, acordados, pensando em como seria não dormir para pensar ainda mais.
As cartas novamente falam de coisas que não podem acontecer, desejam um futuro que não é o desejável, mentem coisas que não é o que pode acontecer faltalmente.
Os sonhos ambém dizem coisas tão improváveis que agora é melhor não acreditar neles. Acreditar seria perder o desejo de sonhar algo novo e diferente.
É bom não aceitar os sonhos, as cartas, o futuro predestinado.
Dá margem para recorrer a uma nova forma de ver as coisas.

E assim a gente vai caminhando.