quinta-feira, 8 de abril de 2010

a medida da paixão

se chegasse alguém hoje e me desse um tapa, não revidaria. simplesmente diria: - meu caro, você não sabe o que é dor no coração. e ainda, se insistisse, não faria nada, levaria tapas e tapas até acordar, até parar esse mecanicismo do dia-a-dia e viver de fato.
hoje está assim: um dia indiferente. combina comigo, indiferente nos últimos tempos.
antigamente reclamaria do frio, da quantidade de roupas, da chuva, do vento. hoje não estou na posição de reclamar. tanto faz o frio, o calor, o sol ou a chuva. tanto faz se levo um tapa, ou se recebo um conforto. tanto faz.
hoje acordei desistida de tudo. o dia não me encorajou a dar mais um passo, nem mesmo retroceder. apenas ficar parada, estática.
mil coisas se passam na minha cabeça, que poderia fazer. mas não hoje. não agora. não sei quando.
mas um dia essas palavras entaladas na garganta, emboladas na boca, sairão. só espero que não seja tarde demais.

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