Precisava de um tempo pra pensar. Não sabia quanto nem como ou onde. Mas precisava sair daquele lugar e fazer um balanço da vida. Inesperadamente a menina saiu da festa e foi pra casa. Sabia que não era certo, que deixar as pessoas esperando ou não encontrá-las não era de seu feitio, mas estava corriqueira aquela situação de não querer contato, e era mais comum ainda deixar todos pra trás e não saber o que fazer. Parecia que sua cabeça ia explodir de tanta informação, barulho, conversa, temas, possibilidades e caminhos.
De repente se viu só, e se arrependeu um pouco de deixar tudo pra trás, mas percebeu que era necessário, precisava deixar todos de lado e tornar verdadeiro o desonesto de temido encontro consigo mesma.
Pensou um dia e não foi suficiente, dormiu demais e acordou ainda pensativa. Quando fazia qualquer coisa ainda pensava, não obteve uma resposta clara, rápida, um pouco das coisas se colocaram no lugar, outro pouco ainda orbitavam na dúvida.
Noutro dia pensou ainda mais e conseguiu vislumbrar uma paz que há tempos não tinha sentido. A viagem do amigo, o compromisso das amigas a fez ver que precisa caminhar sozinha, mas acompanhada, com risos, com alegria, com leveza. Aquele laço não poderia ser ais possível, e ele meio frouxo também não dava certo.
Decidiu encarar o dia seguinte com leveza, sem medo, sem comprometimento.
Pegou o telefone e ligou. Será um dia feliz amanhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário