segunda-feira, 12 de julho de 2010

Entendeu enfim o porque de tanta ausência, de tanta tristeza e desânimo. Entendeu que aquilo era uma criação sua, e como toda cria, fica difícil de matar. É difícil de enfiar uma faca no seu peito e dizer que isso é uma responsabilidade sua, que desde o nascimento, teria que acabar também, tinha que matar aquilo que tanto lhe fazia mal.
Era aquela fantasia que lhe tirava da realidade, e fora da realidade não se via mais nada, perdia oportunidades, perdia a noção de tudo.
E que tudo o que chegava de novo parecia sem graça, comum, como se tivesse que superar algo que não existe. Teria que matar a fantasia, ver e viver a realidade, que não dói, é de verdade que está sendo feliz.
A superação da fantasia nunca vai existir com outra fantasia. Outra criação está proibida na sua vida. Tem que viver o hoje e o agora. E isso é ser feliz.
Se bem que é fácil pensar que a criação, na fantasia, é mais fácil de viver, afinal, pode-se moldar, mudar, fazer o que quiser com ela, que será como a felicidade ideal.
Chega de viver de idealismos, ela pensa todos os dias. Chega de alimentar sua cria, que te suga e te tira de tudo que é verdade, que te faz sofrer sem querer entender que não pode.

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