Durante uns dias estava passando por um sufoco. Não sabia bem dizer de onde ele vinha, mas sabia que se sentia todos os dias sufocada, tanto que sua cabeça doía fenomenalmente durante cinco dias consecutivos.
Passou a manhã toda pensando naquela dor e naquele peso e o que poderia fazer para aquilo passar, uma vez que os analgésicos não ajudavam em nada.
Pensou nos seus dias, nas horas e nas tarefas que tinha a cumprir, pensou também nas obrigações que tinha a responsabilidade de dar conta. E aí sua cabeça pesou mais. Deveria ser esse o problema.
O que era pra ser um alívio, uma distração, um algo a mais, acabou se tornando um peso, um não me toque e um não me veja nunca mais. O que era pra ser bom, tinha se tornado um martírio ao longo do tempo, com o passar dos dias. E as horas não mais se adiantavam em passar, pois não queria ver novamente, e ter a cabeça doendo por mais um dia.
De repente, se colocou a falar e como se o peso da cabeça saísse pela boca em forma de palavras, tudo foi se desfazendo e escorrendo pelo chão.
Ah! a quanto tempo não se sentia tão leve?
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