domingo, 5 de setembro de 2010

Partido

É como se tudo me levasse a você. Como se você tivesse ido viajar e que uma hora vai voltar e eu estivesse esperando. Você curtir sua liberdade, seu tempo fora, e uma hora, quando você sentir que está perdendo, vai voltar. Parece tudo isso, e eu tento me convencer de tudo isso e superar essa despedida tão dolorosa que tem sido esses meses todos. É como se eu precisasse acordar todos os dias e me lembrar que você não vai voltar mais, que você foi pra nunca mais.
É que a gente não escolhe a hora de partir, simplesmente acontece de termos que nos ausentar pra sempre, só resta saber como curar o buraco que fica no peito, de tantas coisas, vividas, sonhadas e que nunca vão se concretizar. Com que eu tapo esse buraco no coração?
Contar da minha vida é contar do que tivemos, e qualquer coisa, o mínimo detalhe que seja, me faz lembrar você e tudo que acontece me dá vontade de te contar, sabendo que prestaria atenção em cada detalhe, por mais que toda a conversa fosse chata. E o contrário também era verdadeiro.
Sabendo que você foi pra nunca mais voltar, sei que não posso te esperar, nem contar com nada mais.

Fica só na lembrança a vontade de você não ter partido.

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