esses dias tem sido bem estranhos.hoje, foi o mais deles.
Acordei com uma sensação estranha, e de repente, me vi jogando pela boca o que não tinha no estômago.
A cabeça, latejante, doía de uma maneira insuportável. Estranhamente, não havia nada no estômago e passou a doer como nunca.
Nada, nada ficou no meu corpo, nem mesmo tinha pressão suficiente pra me sustentar.
Durante o dia, a boca insistia em soltar por sí só, coisas que não eram de sua responsabilidade. Como num aviso, fiquei mal preventivamente.
Dormir não aliviava, e ler, escrever era torturante.
Quanto tive a notícia, paralisei em frente a este que lhes transmite essa mensagem.
Paralisada de tal maneira, sem palavras, sem ação.
Os olhos lacrimejaram. Triste.
Lembrei do meu bisavô, que sempre me dava broncas de como se portar a mesa. De como se portar na Igreja. Da urgência de ir à missa: na primeira fileira. Minha bisavó, linda. Seus cabelinhos brancos, me pegava no colo de maneira fraternal. Brincava de bonecas comigo. Cantava musiquinhas em espanhol, que me lembro pouco.
Lembrei da minha avó. E como estou ausente com ela. E como choro por não poder estar com ela, mais vezes durante o ano, e como ela sempre faz o que eu gosto, arruma as coisas com um zelo pra eu sentir bem na casa dela. E como eu a trato com um carinho, com uma vontade de trazê-la pra casa e guardar comigo.
E me peguei fazendo coisas que eles faziam comigo. E me peguei vendo como eles estão presentes na minha vida mesmo na minha memória, no meu coração. E me peguei escrevendo isso, ainda lacrimejando, com os olhos marejados.
E como eu tenho um carinho por eles. Como eu gosto da minha avó. E como eu quero que ela seja eterna.
O coração ainda palpita. A pressão não se normalizou e a boca ainda ensaia uma tentativa de fuga.
dedicado ao fer.
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