o tempo está frio. não chove, mas venta muito.
seus cabelos, grandes agora, esvoassam, numa maneira de cobrir teus olhos, teu rosto.
você passa e por mim não vê nada, não sente algo.
talvez o coração palpite, mas voocê não está pronto a sentir porque.
a cabeça dói, numa tentiva de não sentir o coração, não sentir nada.
as atitudes são mecanizadas, como num dia-a-dia chato, sem razão pra ter, de ser.
se fechando numa redoma, procura pensar, entender o sentido de fazer isso, e eu te espero na noite, ansiosamente.
voce passa, olha, olha, mas de novo não sabe como o coração pode ser tão traiçoeiro. não entende como pode gostar de uma imagem que só tem na sua cabeça, que agora dói ainda mais.
a comida não é suficiente pra satisfazer, precisa de algo que encha o coração, e sabendo o que é, fico aqui calada, assim
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