O dia ontem foi tenso. O café e o cheiro do cigarro me enojaram. Uma sensação que estava dentro de mim que pude sentir com o olfato. E talvez precisava disso para cair na real.
Não tava nada bem há algum tempo, e o coração ficou pequeno, talvez asfixiado pela fumaça.
O banho, o cão, a espera.
A frustração.
Seria o último dia de trabalho, que demorou pra passar.
A comida estava sem gosto, o céu, cinza, chuvoso; o dia frio contribuiu para a tristeza.
A aula. Lotada, como não deveria ser. Não entrei.
Entrei no carro.
Esperei.
Esperei.
Esperei.
Com toda a paciência que tenho, ainda espero.
O tempo passou devagar e nenhuma notícia ao vivo, apenas leituras de segundos atrás sobre sua vida. E que eu não estava nela. Nem segundos atrás.
A simplicidade em viver bem existe. E está esperando o tempo pra voltar a aparecer.
Ontem não deu pra escrever. O tempo, frio, não permitiu a palavra sair da mente, nem o corpo das cobertas. O medo não deixou minhas mãos sentarem na frente do computador.
Que as lágrimas sirvam pra abrir um dia melhor amanhã. E que eu não me jogue do segundo andar.
2/5
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