terça-feira, 20 de abril de 2010
cem
Naquele dia de sol, a menina acordou como de um sonho que mais parecia verdade. Caminhou até o corredor e se deu conta aí, que tudo havia acabado. Acendeu seu cigarro, sentou no chão e pôs a pensar no que tinha se passado naquela noite meio mal dormida. O quanto queria que tudo aquilo que tinha no passado fosse verdade. Levantou, passou um café e se sentou novamente naquele chão frio à meia luz do sol. Passaram-se algumas horas naquela posição: xícara na mão, café quente com leite. Pensou de novo em como queria que as coisas fossem mais fáceis, que a vida lhe estivesse reservado uma surpresa mais confortável, que não fosse tão difícil continuar o dia. Levantou, tomou seu banho e foi fazer a vida acontecer. Durante o dia, imaginou como seria se não fosse assim, imaginou como seria não estar naquela solidão cotidiana, onde cheio de gente, sempre faltava alguém pra te compreender. Imaginou como queria conversar com alguém que apenas olhasse pro seus olhos e visse neles uma vontade imensa de chorar e continuar a fazer o que era certo. Acordou de novo e viu que aquilo jamais aconteceria, não a curto prazo. Sentia saudades de um tempo que não foi, daquilo que nunca aconteceu e não aconteceria somente por estar pensando. Foi para casa ainda pensando em como mudar o dia seguinte, já que este era o mesmo de ontem.
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