Hoje espero apenas que a coragem me dê mais uma chance de viver.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Cor(agem)ação
Este silencio atordoa. Todos os dias a vontade de dizer e de calar é a mesma. O sol, poente, cala todas as possibilidades de continuar a clarear as idéias, fazer ver o dia como dia, claro, sem sombras ou dúvidas. A noite vem e com ela a sombra, a penumbra do não saber. Não haverão pessoas nesse mundo que imaginem o quanto derramo sobre a grama, sob a lua, lágrimas. Não de amor, mas lágrimas do que não foi. Ainda. lágrimas das lembranças que tenho daquele dia de chuva, que tentou me acalmar mas que não foi possível. Hoje todos os dias chuvosos parecem comemorar minhas lágrimas, num saudosismo melancólico de quem não tem o que fazer se não esperar. Esperar um suspiro, uma palavra, esperar que o silêncio dê conta de dizer o que acontece, o que se passou e como vai ser. Se torna fácil pedir coragem a quem o tem todos os dias, misteriosamente. A coragem é um trunfo para tornar as dores menores. Mas não tem sido suficiente. As águas passam como se não pedissem licença, chegam e me levam, como no encontro de águas que tentam me levar, e que eu sigo, cegamente. As inúmeras tentativas de quebrar esse silêncio foram feitas e hoje, ninguém é capaz de romper a barreira que foi criada desde aquela chuva, daquela noite chuvosa, que mostrava sua sombra, sua penumbra, que ninguém mais conhece ou vê. O sol um dia vai fazer toda a chuva evaporar e cair em forma de estrelas cadentes, quebrando essa expressão que não entendo mas respeito – o silêncio. Aí os dias nascerão claros, sem sombras, dúvidas ou penumbras. A chuva de estrelas cadentes serão capaz de acalmar? O fim do silêncio, a expressão do rosto, serão suficientes pra trazer alegria?
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Um comentário:
vou postar minha programação, vamos ver se bate alguma coisa!
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