Revi as fotos das duas festas juninas que fizemos na faculdade. me bateu uma saudade... eu nunca deixei de participar de uma festa junina se quer, desde a minha infância no jardim, quando eu era a noivinha da quadrilha. de lá até hoje eu sempre dancei. quando chegava perto dos ensaios da escola sempre convenci o amigo mais próximo, e amigo é aquele que faz qualquer sacrífio por você, a dançar comigo. mesmo careta, mesmo com vergonha, mesmo pagando mico, sempre dancei acompanhada de quem mais gostava. quando mudei de escola, e todos se conheciam menos eu, que não tinha amizade com as pessoas da sala, apenas com um menino, ele disse que jamais dançaria a quadrilha. eu perdi dois ensaios até convencê-lo que seria legal dançar. iríamos fantasiados, eu de pijama e ele de bêbado. eu de tranças, pantufas e ele de camisa e com uma garrafa na mão. tínhamos 16 anos e foi a noite mais divertida daquele ano. um mes depois nos despedimos, eu mudei de escola e ele também. tenho saudades daquela noite, quando ríamos descontroladamente da multidão, já que a escola era enorme, correndo pra formar o túnel, cavalgando aos saltos. foi um dos meus melhores amigos. sinto saudades de pessoas que fazem outras felizes. pra mim era muito legal dançar e ele venceu qualquer coisa pra me ver sorrir num ano que estava sendo bem difícil.
depois disso lembro que comecei a organizar as festas juninas na nova escola. fiquei no caixa como sempre...e saí pra dançar sim! meus amigos de organização de festas sempre fizeram questão que eu abandonasse meu posto por dez minutos e fosse me divertir um pouco, por mais que eu sempre dissesse que ficar no caixa era muito divertido.
lembrei disso porque este ano não vai ter festa junina na faculdade. lembrei disso porque vi as fotos das duas festas anteriores das quais eu e uns amigos nos desdobramos em vinte pra fazer uma festa com 500 e 600 pessoas de público. lembrei disso porque hoje, ninguém poderia me cobrar por dançar a quadrilha, por me divertir, por ficar no caixa da festa, por ir dormir as nove da manhã, virar a noite rindo e me distraindo. dessa vez não vai ter são joão pra fazer o casamento, não vai ter o túnel, o caracol nem a grande roda pra gente se enrolar, não vai ter a narração do colega que tanto nos embola no meio daquela gente toda.
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