sábado, 8 de janeiro de 2011

será amor?

Acho que parei de acreditar no amor.
O sentimento que tenho em mim, não é de me sentir louca e perdidamente apaixonada, mas de ter um amigo-confidente-de-todas-as-horas para debruçar minhas lamúrias diárias de um emprego difícil, uma graduação interminável e uma militância que suga a alma.
O que quero mesmo é ter alguém pra conversar 24h, falar de política, de seriados, das bobagens das novelas, fazer palavras cruzadas, discutir o Espaço, as relações de poder, fofocar dos amigos [e porque não dos inimigos!], falar, chorar, ouvir, rir.
Na verdade isso é uma forma de amar, sentir por alguém uma vontade incontável de ver e ter agora, aqui, neste exato momento, pra sentir o mesmo que sinto, pra me dar conselhos e broncas.
Perco a linha sem broncas, sem sermões.
Pode se chamar de exclusividade, mas queria alguém que me visse descabelada ao acordar, e cansada-malhumorada ao chegar do trabalho. Que me desse o ombro no desespero do fim de semestre que não fiz nada e tá tudo pra última hora e eu vou reprovar essa matéria. Ter alguém pra falar que nas eleições os resultados dirão que seu trabalho foi ótimo, que esse fruto é um sucesso da sua dedicação.
Pra sair da mesmice bonita-legal-simpatica-inteligente-dedicada.
Pra sair da monotonia sem perder os detalhes do cotidiano.

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