sexta-feira, 15 de junho de 2012

já vou dizendo de antemão

certeza agora que era o medo que a irrompia.
no meio de gritos histéricos, que se aproximavam de desespero, por todos os lados, seus ouvidos se cansaram e se taparam, pra poder descansar na cabeça e decidir o que era melhor, ver ou ouvir.
pensou. e como sempre, sozinha.
ouviu, viu, sentiu e testou. tentou. várias vezes.
a probabilidade, a estatística, a quantidade, a qualidade.
decidiu sozinha o que faria.
com a mesma frieza comunicou a todos, por todos os lados de sua decisão. repentina, inesperada pra quem não a conhecesse.
anos enclausurada na vida que tinha, nunca imaginou que a teria de outra forma.
a tentativa enfim, depois de tanta energia, havia fracassado.
o sentimento de impotência, contra aquilo que o coração queria e a racionalidade impedia a fez tremer de choro.

era o medo batendo na porta.

pede agora paciência, calma.
tampa os ouvidos e os olhos e fica a sonhar.

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